Muitos usuários de drogas alegam que sua dependência é fruto de sua “liberdade” de escolha. Isso em parte não deixa de ser uma verdade. Contudo, precisamos rever o que significa liberdade em seu conceito mais profundo. Por exemplo, liberdade seria viver uma vida sem limites? Ou liberdade poderia ser resumida em afirmações tais como: “Deixa acontecer”, “Seja você mesmo”, “Faça a vida valer à pena”, “Viva o hoje intensamente”?
Muitos usuários de drogas alegam que sua dependência é fruto de sua “liberdade” de escolha. Isso em parte não deixa de ser uma verdade. Contudo, precisamos rever o que significa liberdade em seu conceito mais profundo. Por exemplo, liberdade seria viver uma vida sem limites? Ou liberdade poderia ser resumida em afirmações tais como: “Deixa acontecer”, “Seja você mesmo”, “Faça a vida valer à pena”, “Viva o hoje intensamente”?
Nada disso! Aprendi pela minha própria experiência de vida que a verdadeira liberdade nada mais é que você escolher quem governa ou dirige a sua vida. Infelizmente, muitos de nossos jovens e adolescentes têm suas vidas governadas ou dirigidas pelo próprio vício, seja do álcool, tabaco, maconha, cocaína ou até mesmo pelo devastador crack. Isso significa que ao invés deles determinarem quem dirige suas ações e atitudes, a droga o faz. Por isso, não podem dizer “Eu sou livre” de verdade, porque no fundo são escravos do seu próprio vício.
De fato é isso que a droga faz – ela ESCRAVIZA. Aquela liberdade que todos recebemos de Deus para poder escolher bons estudos, uma boa profissão, boas amizades, boa convivência em família, bons relacionamentos, de ser uma pessoa do bem, de praticar esportes, lazer e alcançar sonhos para o futuro, acaba dando lugar ao uso opressor, escravizador e contínuo da substância entorpecente.
O momento que vivemos é mais do que oportuno para resgatarmos os nossos melhores valores, principalmente aqueles que estão ligados à vida e à família. Chega de tanta dor, de tanto sofrimento e de tantas perdas. Não podemos mais ficar como reféns, impotentes diante de um sistema corrosivo em todos os aspectos na vida do ser humano, provocado pelas drogas e suas falsas ilusões em nossa sociedade. Quando digo sociedade, digo toda ela, pois as drogas estão presentes tanto nos grandes centros quanto nas periferias, desde o bairro mais pobre até os condomínios de luxo, entre os iletrados e os universitários. Enfim, a droga não escolhe idade, sexo, raça, condição social ou financeira. Ela simplesmente escraviza e priva da liberdade aqueles que se tornam suas vítimas ou presas fáceis.
Não podemos ficar acomodados diante dessa triste realidade. Não podemos achar que simplesmente o problema é do outro, é do vizinho, e que tanto nós quanto nossa família nunca serão atingidos. Acredite: quando o assunto é droga, não fomos chamados para sermos expectadores passivos, mas, sim, agentes multiplicadores ativos e determinados a vencer o que já é considerado o mal do século.
Que possamos aceitar esse grande desafio: transformar realidades, principalmente quando estas não cooperam para promover a vida.
Estamos juntos!
Reginaldo Rodrigues de Oliveira, presidente do Comad (Conselho Municipal Antidrogas) de São Caetano do Sul e fundador do PROAV (Projeto de Amor à Vida), instituição que trabalha na recuperação de homens, jovens ou adultos, dependentes químicos. Pastor da Igreja Evangélica Rio da Vida.
