O casamento e o poder das diferenças – parte 1

O casamento e o poder das diferenças – parte 1

INTRODUÇÃO

Atualmente, o conceito da durabilidade do casamento, como uma relação fundamental da sociedade instituida, tem deixado de vigorar, pelo descrédito propagado, especialmente às novas gerações. Com as mudanças progressivas nos costumes e nas relações afetivas, homens e mulheres, têm encarado o casamento mais como um acordo com uma cláusula de escape, “se não me agradar, pulo fora e parto prá outro”. Desta forma, os dois se desobrigam de lutar pelo bem da escolha que fizeram e dos votos que proferiram no altar. De qualquer forma, o matrimônio requer uma motivação inicial.

1.MOTIVAÇÃO INICIAL

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Ec.4:9-12)

Nesse contexto, quando o encargo é repartido entre os cônjuges, o fruto é multiplicado além da soma deles (sinergia da relação). Em qualquer circunstância, juntos, o casal é mais forte. O matrimônio também requer uma aliança.

2.ALIANÇA CONJUGAL

“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Amós 3:3)

O casamento começa bem quando inicia com uma aliança – um  compromisso mútuo para tornar os votos e desejos numa realidade concreta um para o outro. O requisito é a arte de fortalecer essa aliança, e isso ocorre quando há verdadeira parceria conjugal.

3. PARCERIA CONJUGAL

“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. 

Portanto, o que Deus uniu, não o separe o homem.” (Mateus 19:6)

1.Como Deus une?

Deus une através da atração irresistível das semalhanças entre o casal, que criam uma identificação  mútua. Também, une através das diferenças atrativas que causam admiração e despertam o interesse um pelo outro. (Gênesis. 29:9-10; v.16-18)

2.Para que Ele une?

Deus ama o ser humano que Ele criou e sempre tem o melhor para ele. No matrimônio, Deus deseja suprir a necessidade de cada um em ser completado/a (amadurecimento); suprir a necessidade de companheirismo íntimo, que gera a comunhão  e combate a solidão. E, também, cumprir o propósito da procriação.

3.Como o “homem” separa?

Separar significa abandonar, desistir, ou abortar a relação conjugal estabelecida, até que o amor “entre em coma e morra”. De que forma isso pode ocorrer?

-Através da falta de responsabilidade em cumprir seu papel de cônjuge na relação assumida (negligência)

-Através da falta de compreensão, que incapacita o cônjuge lidar com o diferente.

-Através da falha em resolver os conflitos decorrentes da relação conjugal (incapacidade/ imaturidade)

4.Como o “homem” conserva e aperfeiçoa o que foi unido?

-As Escrituras ensinam que o que foi unido tornou-se “uma só carne”. Isto é mais do que a união de dois corpos, significa a união de duas almas – sentimentos, desejos, entendimento, vontade, e esperança.

-Mudança de referencial: antes era “eu e você”. Agora é “nós”.

-A relação conjugal implica novas responsabilidades para ambos (cooperação)

-Desenvolver uma linguagem própria na base do diálogo.

-Enfrentar os desafios juntos.

-Administrar perdas e ganhos juntos.

-Investir na união de uma só carne – antes eu semeava em “mim”, agora semeio na parceria.

-Desenvolver uma relação de intimidade para conhecimento mútuo e agir em conjunto com harmonia.

CONCLUSÃO

O verdadeiro casamento, se expressa numa relação que cresce além da paixão, para a responsabilidade de construir uma intimidade conjugal. A aliança celebrada cria o marco que regulará as ações do casal, mas é o exercício da parceria conjugal que determinará o grau de satisfação ou frustração da escolha feita.

“Se você já fez a sua escolha, agora ame a escolha que fez”.

Pr.José Roberto Alcalde

Coordenador geral  – Parceiro da Família

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